Custo de produção, aumento do consumo e calor estão afetando o preço dos ovos
O preço dos ovos de galinha disparou nas últimas semanas e está sendo um desafio aos consumidores continuar a comprar o alimento. Muita gente optou por diminuir o consumo.
A gerente de um supermercado localizado no bairro Tiradentes, em Campo Grande, conta que o estabelecimento precisou reduzir a compra de ovos disponibilizados aos clientes devido à retração na procura pelo produto.
“Começamos a perder mercadoria porque não estava vendendo devido ao aumento de preço, então começamos a comprar menos para rear ao consumidor”, conta a gerente. A diferença foi notada pelos clientes.

“A gente vendia a R$ 17, R$ 15 a cartela com 20 ovos. Poucos meses atrás, por até R$ 12. Agora, o preços ultraam R$ 22, como você pode ver. A cartela com 30 ovos tá mais de R$ 30”, detalha.
Nesse mesmo estabelecimento, uma consumidora disse ao Jornal Midiamax que, por enquanto, está “encarando” os preços mais altos, mas estuda a possibilidade de reduzir o consumo semanal do alimento para poder caber no orçamento.
“Por enquanto eu continuo comprando. Em casa a gente consome a média de uma cartela de 20 ovos por semana. Mas se subir mais, posso pensar em consumir menos”, afirma.
A dona de casa Maria José Arantes, de 57 anos, vê o preço com preocupação. “A gente usa bastante em casa porque é um alimento muito versátil, né? Omelete e ele frito a gente usa muito, mas também sempre faço pão e bolo, o que acaba deixando até isso mais caro de fazer. Tomara que baixe logo”, compartilha.
Explicação para o aumento
Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a alta registrada no preço dos ovos “é uma situação sazonal, comum ao período pré e durante a quaresma”.
Além disso, os custos de produção desse alimento acumularam alta nos últimos oito meses, o que contribui para o encarecimento. Segundo a entidade, houve elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens, o que impacta no preço dos ovos.
Ainda de acordo com a associação, um terceiro fator tem colaborado para o encarecimento desse item: “as temperaturas em níveis históricos têm impacto direto na produtividade das aves, com reflexos na oferta de produtos”, analisa.
“Mesmo com estes fatores, os produtores esperam que o mercado deverá se normalizar até o final do período da quaresma, com o restabelecimento dos patamares de consumo das diversas proteínas”, finaliza a entidade.
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